As eleições brasileiras ainda estão cheias de aloprados deslumbrados com dinheiro – e bota dinheiro nisso (na mesa, na mala, na cueca..). Essa turma não aprende mesmo. Na mesma semana em que o marido da deputada federal Helena da Asatur foi detido com R$ 500 mil ao sair de um banco – escondendo parte do dinheiro na roupa íntima – agora o protagonista da série Quero ser preso pela PF é um candidato a vereador de Teresina, capital do Piauí.

Ontem agentes federais flagraram Roberto Silva de Oliveira com R$ 1,5 milhão não declarados dentro do Teresina Shopping. Ele acabara de sacar o dinheiro numa agência bancária. Roberto é candidato a vereador do AGIR, partido aliado do PT na capital. Ele foi ouvido pela delegada e liberado, mas as investigações continuam sob suspeita de compra de votos.

Já o marido da deputada de Roraima, Renildo Lima, foi liberado na mesma segunda-feira após o flagrante na saída do banco. Ele estava acompanhado de quatro assessores (entre eles dois PMs do BOPE local que seriam seguranças) e, segundo consta, comprovou a origem e destinação do dinheiro após passar pela delegacia. Só não explicou por que boa parte estava na cueca. Ele é dono da Asatur, empresa de táxi aéreo que presta serviços ao Governo Federal no Estado, com contratos que passam de R$ 60 milhões. A esposa adotou o nome da empresa – Helena da Asatur – para ser eleita em 2022.