Depois de operarem em alta durante boa parte da sessão, os contratos futuros de petróleo viraram para o negativo e encerraram o dia em forte baixa. A mudança de tom veio após a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgar previsão de maior queda na demanda pela commodity em 30 anos, como mais uma consequência econômica do novo coronavírus.

O petróleo WTI para maio fechou em baixa de 9,40%, a US$ 23,63 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 3,57%, a US$ 31,87 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Órgão ligado ao Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), a EIA divulgou relatório nesta terça-feira, 7, apostando que a demanda global por petróleo deve cair 5,2% em 2020 em relação a 2019, a 95,5 milhões de barris por dia (bpd), o que representaria o maior declínio anual desde 1990, enquanto a produção deve se manter estável.

A notícia bastou para investidores assumirem posições de venda de contratos de petróleo, que antes vinham em alta em meio a expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anuncie cortes na produção na próxima quinta-feira, como forma de apoiar as cotações.

O relatório da EIA também diz que a demanda por petróleo deve se recuperar no ano seguinte e que os EUA devem voltar a ser importadores líquidos da commodity a partir do terceiro trimestre deste ano, já que a produção em solo americano está em declínio.