O petróleo encerrou a sessão desta sexta-feira, 13, em queda, mesmo sinal da semana, em meio a renovados temores de excesso de oferta. No radar dos investidores está ainda o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para outubro fechou cotado a US$ 54,85. A perda na sessão foi de 0,44%. Na semana, a baixa foi de 2,95%. Em Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro recuou para US$ 60,22, queda de 0,26% no dia e 2,15% na semana.

Os temores de que a redução da demanda e a oferta estável resultem em um excesso de petróleo estocado provocou a queda das cotações do barril nos últimos meses.

No início desta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo as expectativas para o crescimento global da demanda em 2019.

O cartel e seus aliados adiaram conversas sobre novos cortes de produção, um revés para alguns analistas que projetavam que o grupo faria algum anúncio neste sentido na reunião técnica desta semana.

A divergência do petróleo de outros ativos de risco nesta semana também foi notável, porque o petróleo se movimentou ao lado de ações sobre as relações comerciais recentemente.

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Embora as tensões entre as duas maiores economias do mundo tenham diminuído antes das próximas rodadas de discussões, alguns analistas continuam céticos quanto a conseguir um acordo de longo alcance que remova tarifas e alivie uma pressão significativa sobre a economia global.

Essa incerteza é uma preocupação para os investidores do petróleo, que tentam avaliar se o crescimento da demanda continuará desacelerando.

Enquanto isso, os EUA continuam produzindo petróleo, e vários outros projetos devem adicionar petróleo ao mercado global no próximo ano.

Ainda assim, o relatório semanal da Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas em atividade nos Estados Unidos recuou 5 na última semana, para 733, o menor total desde novembro de 2017.

“Embora a Arábia Saudita tenha reduzido sua produção mais acentuadamente do que o acordo de corte de produção estipula, outros países membros, como Nigéria e Iraque, além da Rússia, que é membro da OPEP+, vêm produzindo significativamente”, disseram analistas do Commerzbank em nota enviada a clientes. Fonte: Dow Jones Newswires.


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