Os preços do petróleo subiram fortemente nesta terça-feira (17), impulsionados pela hipótese de um envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito Israel-Irã.
O barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em agosto, aumentou 4,40%, a 76,45 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate, para julho, subiu 4,28%, a 74,84 dólares.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta terça, em sua plataforma Truth Social, uma “RENDIÇÃO INCONDICIONAL” do Irã, especificando que não deseja matar seu guia supremo “pelo menos por enquanto”, no quinto dia do confronto militar entre Teerã e Israel desencadeado por um ataque israelense.
“Agora nós controlamos completa e totalmente o espaço aéreo iraniano”, alertou Trump.
O republicano poderia tomar “medidas adicionais” contra o programa nuclear iraniano, havia escrito anteriormente o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, na rede social X.
Na segunda-feira, Trump deixou antecipadamente a cúpula do G7 no Canadá para se juntar à sala de crise da Casa Branca.
Isso “reacendeu os temores de que os Estados Unidos estejam se preparando para intervir diretamente na guerra ao lado de Israel”, afirmou Arne Lohmann Rasmussen, analista da Global Risk Management.
O conflito é particularmente acompanhado pelo mercado de petróleo porque o Irã é o nono maior produtor de petróleo do mundo, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
O principal risco continua sendo um bloqueio do estreito de Ormuz, por onde é transportado cerca de 20% do petróleo mundial.
“O mercado de petróleo está atualmente suficientemente abastecido”, em especial devido ao forte aumento das cotas de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), apontou Carsten Fritsch, do Commerzbank.
Segundo o analista, “os países da Opep+ dispõem de uma capacidade de produção de reserva considerável, estimada pela AIE em 5,5 milhões de barris por dia” que poderia permitir-lhes “compensar a perda de fornecimento de petróleo iraniano, mas não um bloqueio do estreito de Ormuz”.
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