Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 2, em alta, em tentativa de se recuperar parcialmente das perdas acentuadas verificadas na quinta-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de novas tarifas à China.

O petróleo WTI para entrega em setembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) fechou em alta de 3,17%, a US$ 55,66 o barril. Na semana, no entanto, o recuo foi de 0,96%. Já o petróleo Brent para o mesmo mês na Intercontinental Exchange (ICE) teve alta de 2,30%, a US$ 61,89. Contudo, o contrato cedeu 2,47% na semana.

A commodity energética tenta se recuperar das perdas da sessão anterior, pregão no qual o petróleo despencou quase 8% após o Trump declarar que pretende impor tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.

Para a economista da The Economist Cailin Birch, a nova medida tarifária da Casa Branca tende a ser mais impactante que as anteriores. “Ao contrário de rodadas tarifárias anteriores, os bens que serão afetados agora incluem, principalmente, produtos acabados, o que significa que o impacto sobre os consumidores americanos será mais direto”, afirma a especialista. “Isso obscurece as perspectivas de crescimento econômico nos EUA e na China e, portanto, na demanda global de petróleo”, completa, pensando nos preços da commodity energética a longo prazo, se os conflitos comerciais não se resolverem.

Além disso, a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor petrolífero nos EUA, informou nesta sexta-feira que o número de poços e plataformas em atividade no país caiu 6 na última semana, a 770.

Em relatório divulgado a clientes, o ING afirma que continua a ter uma visão positiva em relação ao petróleo. “Continuamos a ter uma visão construtiva com os cortes de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e as sanções sobre o Irã, embora o sentimento geral seja claramente pessimista, como resultado das preocupações macroeconômicas e comerciais mais amplas”, diz o banco. / Com informações da Dow Jones Newswires.