Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 27, nas máximas deste ano, mesmo depois de dados mostrarem que os estoques nos EUA aumentaram. Operadores têm se mostrado otimistas com a possibilidade de o excesso de oferta global estar começando a diminuir e, desde a mínima em 13 anos atingida em fevereiro, a commodity negociada nos EUA acumula alta de 70%.

“Mais evidências têm surgido sobre uma redução estrutural na oferta de petróleo, especialmente nos EUA, enquanto a demanda global continua alcançando novas máximas, puxada pelo consumo de gasolina na China e nos EUA”, comentou Gordon Kwan, chefe de pesquisa de petróleo e gás da Nomura. O relatório do Departamento de Energia (DoE) dos EUA divulgado hoje mostrou que a produção média diária norte-americana diminuiu novamente na semana passada.

O relatório, no entanto, também mostrou que os estoques de petróleo bruto no país aumentaram 1,999 milhão de barris na semana passada, mais que a previsão de alta de 1,7 milhão de barris. O dado contrariou o cálculo divulgado ontem pela associação de refinarias API, que havia informado queda de 1,1 milhão de barris. Os preços da commodity foram pressionados pela notícia e chegaram a operar em queda, mas rapidamente voltaram ao terreno positivo.

Na Nymex, o WTI para junho fechou com alta de US$ 1,29 (2,93%), a US$ 45,33 por barril, e na ICE o Brent para mesmo mês subiu US$ 1,44 (3,15%), para US$ 47,18 por barril.

Os contratos também foram beneficiados pelo enfraquecimento do dólar em relação ao iene e ao euro, em um dia de decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Perto do fechamento dos mercados de petróleo, o Fed anunciou que manteve as taxas de juros básicas inalteradas na faixa de 0,25% a 0,50% e, no comunicado emitido após a reunião, não trouxe sinais claros de que uma elevação dos juros é iminente. Fonte: Dow Jones Newswires