Os contratos futuros do petróleo fecharam no patamar mais alto do ano em Nova York, nesta terça-feira, 12, com o aumento da expectativa de que grandes produtores concordarão em congelar a produção.

Os traders estão aguardando a reunião, marcada para domingo em Doha, no Catar, para discutir o congelamento. Alguns investidores veem o encontro como o prelúdio de um corte na extração, enquanto outros dizem que congelar a produção em níveis que já são altos terá poucos efeitos nos excedentes globais da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 4,48% (US$ 1,81), a US$ 42,17 por barril. Na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o Brent para junho subiu US$ 1,86 (+4,34%), para US$ 44,69 por barril, no maior patamar desde novembro de 2015.

Hoje, a agência Interfax disse que a Arábia Saudita e a Rússia chegaram em um consenso para congelar a produção, citando comentários de fontes não identificadas.

“Já faz 15 anos que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países não membros concordaram em trabalhar em conjunto sobre a produção pela última vez”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

Por cerca de dois meses, os preços de petróleo têm estado voláteis ao passo em que o mercado tenta medir a probabilidade de um esforço conjunto entre grandes produtores para reduzir o fornecimento. A menção de uma reunião em fevereiro alimentou uma onda de compras, mas os preços recuaram quando a Arábia Saudita demonstrou relutância em participar do acordo, a menos que o Irã faça o mesmo.

Teerã tem mostrado pouco interesse em um congelamento nos níveis atuais, dizendo que continuaria extraindo até que a produção atinja os volumes de antes das sanções impostas por países ocidentais, de 4 milhões de barris por dia. Fonte: Dow Jones Newswires