Os preços do petróleo operam em alta nesta terça-feira impulsionados por um dólar mais fraco após a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen, oferecer uma perspectiva mais “dovish” (a favor de estímulos) sobre o ritmo dos aumentos de juros em seu país, novos ataques na Nigéria e expectativa de redução dos estoques nos EUA.

Tais pontos fizeram com que o petróleo em Londres operasse acima do patamar dos US$ 51. Às 8h38 (de Brasília), o petróleo WTI para julho subia 1,21%, a US$ 50,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançava 1,38%, a US$ 51,25 o barril, na ICE, em Londres.

Ontem à tarde, Yellen sinalizou que o Fed continua dependente dos dados para voltar a apertar os juros na maior economia do mundo. As declarações vieram depois do decepcionante relatório de emprego dos EUA de maio – divulgado na última sexta-feira -, que mostrou criação de apenas 38 mil vagas, ante previsão de 158 mil. Apesar de Yellen ter afirmado que “é importante não dar muito peso a apenas um relatório mensal de emprego”, ela também disse que o payroll e o risco de saída do Reino Unido da União Europeia justificam uma “paciência com juros”. A perspectiva de que os juros levem mais tempo para subirem fez o dólar a operar com fraqueza no geral.

Além disso, relatos de mais ataques em regiões de petróleo na Nigéria têm afetado ainda mais a produção do país. Segundo analistas da SEB Markets, a produção de petróleo nigeriano já caiu abaixo de 1 milhão de barris por dia. A perda de suprimento na Nigéria – causada por ataques por um grupo militante na região – é acoplada com um declínio na produção de petróleo bruto nos EUA ao mesmo tempo.

Diante disso, a expectativa de que dados do American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias dos EUA) apontem para uma redução dos estoques também contribui para os ganhos da commodity. O dados será divulgado hoje às 17h30 (de Brasília). Fonte: Dow Jones Newswires.