Os preços internacionais do petróleo voltaram a subir nesta quarta-feira (3), impulsionados pelas tensões no Oriente Médio e por uma demanda sólida por combustíveis na semana passada nos Estados Unidos.

Além disso, a aliança Opep+ recomendou, durante sua reunião técnica nesta quarta-feira, manter a estratégia de cortes na produção, uma postura que sustenta os preços.

Assim, em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho subiu 0,48%, cotado a 89,35 dólares.

Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em maio teve alta de 0,32%, fechando a 85,43 dólares.

Os dois barris de referência do petróleo não param de subir desde o final de outubro, com o Brent quase chegando a 90 dólares.

“Os crescentes riscos geopolíticos ligados à escalada do conflito no Oriente Médio, as reduções na oferta pela Opep e a melhoria dos dados provenientes da China contribuem para alimentar” esse aumento de preços, resumiu James Harte, da consultora Tickmill.

Os investidores continuam preocupados com possíveis perturbações no fornecimento de petróleo após os ataques aéreos de segunda-feira atribuídos a Israel, que deixaram pelo menos 13 mortos no consulado do Irã na capital síria, Damasco. Entre os mortos estão sete militares iranianos. O Irã garantiu que irá retaliar.

O relatório de reservas de petróleo nos Estados Unidos também sustentou o mercado.

As reservas comerciais de petróleo aumentaram mais do que o previsto na semana passada na maior economia do mundo, embora o mercado tenha sido encorajado por uma forte queda nos estoques de gasolina, refletindo uma demanda sólida.

Segundo dados da Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA), as reservas de petróleo aumentaram 3,2 milhões de barris (mb) na semana que terminou em 29 de março, quando os analistas esperavam uma queda de 1 mb. O total armazenado atingiu 451,4 mb.

Por outro lado, os estoques de gasolina diminuíram 4,3 mb, ao contrário do esperado pelo mercado.

O Departamento de Energia americano explicou nesta quarta-feira que não comprará cerca de 3 mb de petróleo para suas reservas estratégicas (SPR) por enquanto devido ao alto preço do petróleo.

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