Os contratos futuros de petróleo terminaram em alta no primeiro pregão da semana, influenciados por um relatório do Goldman Sachs estimando que a queda da produção em regiões importantes como o Canadá e a Nigéria levaram o mercado mundial a sair da situação de excesso de oferta e entrar em déficit já neste mês.
Nesta segunda-feira, 16, na InterContinental Exchange (ICE), o barril Brent para julho fechou em alta de 2,38% a US$ 48,97 por barril, enquanto o WTI para junho subiu 3,27%, a US$ 47,72 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Este é o maior patamar em seis meses.
“O reequilíbrio físico do mercado finalmente começou. Embora a oferta e a demanda tenham surpreendido muito para cima no primeiro trimestre de 2016, deixando um excesso de oferta de 1,4 milhão de barris por dia, acreditamos que o mercado provavelmente entrou em déficit em maio”, afirma o documento do Goldman Sachs, que elevou suas projeções para os preços do petróleo WTI, negociado em Nova York, a US$ 45 por barril no segundo trimestre e US$ 50 por barril no segundo semestre.
“De repente, o Goldman Sachs começa a dizer que o mercado voltou a ser deficitário em petróleo pela primeira vez em 2 anos”, comentou Phil Flynn, da Price Futures Group, lembrando que o banco de investimentos tem sido um dos agentes mais pessimistas com a commodity nos últimos anos.
Segundo o Goldman, cortes de oferta na Nigéria deverão ser sistêmicos e a produção local continuará reduzida pelo restante do ano. Além disso, incêndios em região de areias betuminosas no Canadá, ataques de rebeldes na Colômbia e uma recente greve de petroleiros no Kuwait estão compensando a elevação da produção no Irã e no Iraque. “Em termos líquidos, isso nos faz esperar uma forte queda na produção do segundo trimestre.” (Com informações da Dow Jones Newswires)