Os contratos futuros do petróleo fecharam esta sexta-feira, 9, em alta, favorecidos pelo dólar mais fraco e, sobretudo, pela avaliação de que a Arábia Saudita usará seu peso para equilibrar o mercado. Com isso, o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e as tensões comerciais entre Estados Unidos e China ficaram em segundo plano, nesta sexta-feira.

O petróleo do tipo WTI para entrega em setembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) fechou em alta de 3,73% a US$ 54,50 o barril, com queda de 2,08% na comparação semanal. Já o petróleo Brent para outubro comercializado na Intercontinental Exchange (ICE) avançou 2,00%, a US$ 58,53 o barril, mas teve perda de 5,42% desde a sexta-feira passada.

A partir de declarações de autoridades sauditas, o Commerzbank aponta em relatório que a Arábia Saudita está “aparentemente determinada a estabilizar o mercado com todos os meios à sua disposição”. Líder de facto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Arábia Saudita também pretende manter suas exportações abaixo de 7 milhões de barris por dia em setembro, mesmo diante do fato de que a demanda atualmente está mais alta, destaca o banco alemão em relatório.

O ING traz avaliação na mesma linha e diz que os sauditas devem atuar para evitar mais quedas no preço, por exemplo garantindo que seus parceiros na Opep cumpram os cortes na produção combinados. Nesse quadro, o banco acredita que o preço da commodity avance ao longo do quarto trimestre.

Desse modo, ficou em segundo plano a guerra comercial EUA-China, em meio a declarações desanimadoras do presidente americano, Donald Trump, sobre as chances de um acordo, e também a desaceleração econômica global. Em relatório, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo sua projeção para o crescimento da demanda global por petróleo em 2019, de 1,2 milhão para 1,1 milhão de barris por dia (bpd).

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