Os preços do petróleo subiram ligeiramente nesta quinta-feira (11), impulsionados pelas tensões no Mar Vermelho e pela perspectiva de uma onda de frio nos Estados Unidos, enquanto uma inflação maior que a esperada em dezembro nos Estados Unidos traz receios quanto à demanda.

O preço do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em março, subiu 0,79%, para 77,41 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado nos Estados Unidos para entrega em fevereiro, avançou 0,91%, para 72,02 dólares.

Tamas Varga, analista da PVM Energy, lembra que “as tensões no Oriente Médio e a intensificação dos ataques dos huthis contra navios comerciais” no Mar Vermelho são fatores importantes para sustentar os preços do petróleo.

Além disso, o Irã apreendeu nesta quinta um petroleiro no Golfo de Omã, em represália pelo “roubo”, segundo Teerã, por parte dos Estados Unidos de um importante carregamento de petróleo iraniano transportado por este mesmo navio no ano passado.

Os Estados Unidos exigiram ao Irã que libere “imediatamente” o navio-petroleiro detido e disse que estava avaliando as medidas que serão tomadas em resposta.

A estes fatores de alta soma-se a perspectiva de uma onda de frio nos Estados Unidos.

“Uma onda de frio tem diversas consequências: por um lado, as pessoas não saem, e não dirigem” seus veículos, o que pode reduzir a demanda. “Por outro lado, há um risco de queda da produção porque as refinarias não podem funcionar”, alertou Phil Flynn, do Price Futures Group.

Segundo este analista, os preços do petróleo se movimentam “nervosamente” entre “os riscos para a oferta” pela situação geopolítica e “os temores pela demanda vinculados à inflação americana, que ainda está alta”, o que poderia levar a taxas de juros elevadas por mais tempo.

A inflação voltou a ganhar impulso nos Estados Unidos em dezembro, com um aumento de preços acima do esperado, de 3,4% em 12 meses.

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