Em queda pelo décimo dia consecutivo, o petróleo voltou a fechar com os preços pressionados nesta sexta-feira, 9, com o WTI no maior período de perdas desde 1984 e no menor nível em nove meses e o Brent mais barato em sete meses. No cenário, continuam a pesar a maior produção de países chave e as preocupações com uma desaceleração econômica global.

O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,79%, a US$ 60,19 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro recuou 0,66%, a 70,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os contratos acumularam perda respectiva de 4,67% e 3,63%.

Enquanto as sanções americanas ao Irã se revelaram mais brandas do que o esperado, investidores continuam atentos ao aumento da produção de petróleo tanto nos Estados Unidos quanto dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Há ainda a expectativa por uma reunião do cartel e de países não membros neste domingo, que pode sinalizar novidades.

“Os participantes do mercado estão testando claramente o limiar de dor dos produtores de petróleo em uma tentativa de forçá-los a reduzir a oferta”, escrevem analistas do Commerzbank. “No curto prazo, qualquer passo desse tipo só poderia vir da cortesia do grupo “Opep+”, cujos representantes se reunirão neste final de semana em Abu Dhabi”, ressaltam.

O Commerzbank destaca, ainda, que se o grupo falhar em sinalizar qualquer intenção de reverter o último aumento na produção, os preços do petróleo ameaçam deslizar ainda mais. Em outubro, uma pesquisa da Bloomberg relevou que a produção da Opep subiu ao nível mais alto desde 2016.

Também pesa sobre o cenário as perspectivas para as quais alertam analistas de que a economia global pode mostrar desaceleração sincronizada nos próximos anos, o que poderia diminuir a demanda pelo óleo.