Petróleo opera sem sinal único, com expectativa antes de reunião da Opep

Os preços do petróleo em Nova York e Londres estavam em direções opostas, na manhã desta terça-feira. Alguns investidores destacavam a retomada da produção no Canadá e os problemas na produção na África, mas o ambiente é de expectativa antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na quinta-feira. Ainda que não exista a previsão de um corte na produção do grupo, os sinais enviados pelos membros da Opep podem influir no mercado.

Às 8h22 (de Brasília), o petróleo WTI para julho subia 0,39%, a US$ 49,52 o barril, e o Brent para agosto, contrato mais líquido, caía 0,46%, a US$ 50,13 o barril.

O grande evento do setor nesta semana é a reunião semestral da Opep, no dia 2 em Viena. Não há, porém, a expectativa de que possa ser produzido um consenso formal para conter a produção, dizem analistas.

“A Opep não tem razão para cortar a produção neste momento, quando o mercado já caminha de volta para um equilíbrio”, disse Neil Beveridge, analista sênior da Bernstein Research. “Minha expectativa para a reunião é muito limitada.”

Nesta semana, o enviado do Iraque na Opep, Falah al-Amri, disse ao Wall Street Journal que não há uma proposta específica sobre a produção na agenda do encontro.

A baixa expectativa parece ser um consenso entre analistas, após o Morgan Stanley afirmar em nota que não espera que a reunião da quinta-feira possa impactar seriamente o mercado da commodity. O banco acrescentou que a Opep parece ter renovado sua fé no sucesso de sua estratégia de produzir em níveis elevados.

No mercado global, há forças divergentes a influenciar os contratos. Na América do Norte, a produção de petróleo dos EUA e os estoques do país têm mostrado uma tendência de baixa. O Departamento de Energia norte-americano prevê que a tendência persista pelo menos até 2017. O incêndio em uma área de produção em areias betuminosas no Canadá, porém, está mais perto de ser controlado. A maior companhia do setor de energia do país, a Suncor, afirmou que espera retomar a produção até o fim da semana.

Na Nigéria, a produção e as exportações continuam a ser atrapalhadas por grupos militantes. A violência levou a produção de petróleo do país ao patamar mais baixo desde 2009. Fonte: Dow Jones Newswires.