Os contratos futuros de petróleo operam sem direção clara nesta segunda-feira, à medida que investidores digerem sinais de um aperto da oferta global em contraponto a preocupações macroeconômicas mais amplas que podem pesar sobre o apetite mundial pela commodity.

Às 10h51 (de Brasília), o barril do Brent para abril tem alta de 0,02%, muito próximo à estabilidade, a US$ 62,10, na Intercontinental Exchange (ICE), e o WTI para março cai 0,68%, a US$ 52,35 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os preços “ainda estão tentando entender que fator devem seguir”, na visão de analistas da JBC Energy. “Por um lado, há a história sobre corte de produção do Opep+, agora somada a problemas crescentes em torno da oferta venezuelana, e um mercado acionário global que ainda está muito perto das altas vistas ao longo das últimas duas semanas”, eles escrevem em nota a clientes.

“Ao mesmo tempo”, acrescentam, “tem de se argumentar que boa parte dos dados econômicos que tem sido divulgada ao longo dos últimos dias realmente não tem sido encorajadora, e os diálogos comerciais EUA-China também não estão, aparentemente, progredindo muito rápido.”

O crescimento mais suave da economia global que agora se espera pode pesar sobre a demanda por petróleo este ano. “Preocupações em relação ao crescimento global atingiram com vingança em meio a uma enxurrada de dados econômicos decepcionantes. Nenhuma região foi poupada com a China, a zona do euro e os EUA todos exibindo bolsões de mal-estar econômico”, disse o analista da PVM Oil Associates Stephen Brennock.

No entanto, o mais recente plano da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) de cortar a sua oferta em parceria com outros países deve ajudar a reequilibrar o mercado neste primeiro trimestre do ano, segundo teria afirmado o ministro de Petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, à emissora Al-Arabiya.

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