Após operarem em alta em um movimento de recuperação ajudado pela estimativa de queda dos estoques da commodity nos EUA divulgada ontem pelo American Petroleum Institute (API), o petróleo passou a operar próximo a estabilidade, com os investidores no aguardo pelos dados oficiais do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) e em meio a incertezas em torno da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados.

Às 08h00 (de Brasília), o Brent para agosto recuava 0,03%, a US$ 75,06 o barril, na ICE, e

o petróleo WTI para agosto caía 0,05%, a US$ 64,87 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

No fim da tarde de ontem, o API estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve queda de 3 milhões barris na semana passada, o que sustentou os preços da matéria-prima em alta. Os investidores aguardam agora os dados oficiais do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) para comprovar a retração, uma vez que a projeção é de baixa de 2,5 milhões nos estoques. O dado será divulgado às 11h30 (de Brasília).

Por outro lado, o mercado segue atento às falas de autoridades do setor antes do encontro semestral entre os produtores de petróleo para decidir sobre os aumentos de produção nesta sexta-feira (22), em Viena. O cartel tem drenado com sucesso os estoques mundiais, o que elevou os preços para picos de mais de três anos, cortando temporariamente sua produção.

Os principais exportadores de petróleo, Rússia e Arábia Saudita, estão pressionando para aumentar a produção, enquanto outros membros da Opep, cuja capacidade de aumentar a produção é limitada, estão resistentes.

Hoje, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammed Barkindo, disse nesta quarta-feira que o atual acordo entre o cartel e outros dez grandes produtores para conter a oferta da commodity estabelece a base para “a sustentabilidade do mercado de petróleo no longo prazo”.

Pelo acordo que está em vigor desde o início de 2017, Opep e aliados têm procurado reduzir sua produção combinada em 1,8 milhão de barris por dia, numa tentativa de conter um excesso de oferta que vinha pesando nas cotações do petróleo desde 2014.

No contexto geopolítico, um ataque dos rebeldes aos portos de petróleo na Líbia paralisou mais de um terço da produção do país, aumentando ainda mais as preocupações com a oferta global. Fonte: Dow Jones Newswires.