Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos, embora sem muito impulso. Investidores avaliam a possibilidade de que o resultado eleitoral da Venezuela leve a mais problemas para o setor no país, além de monitorar as notícias sobre o Irã e também as negociações comerciais entre EUA e China.

Às 8h06 (de Brasília), o petróleo WTI para julho subia 0,28%, a US$ 71,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho avançava 0,09%, a US$ 78,58 o barril, na ICE.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, venceu neste domingo e conseguiu novo mandato de seis anos, em uma disputa considerada ilegítima pela oposição e por governos estrangeiros. A vitória de Maduro abre caminho para a imposição de sanções internacionais mais duras, inclusive com a possibilidade de novas medidas contra os EUA que afetem o setor de petróleo local, já com problemas.

Analista da corretora PVM Oil Associated, Stephen Brennock diz que a possibilidade de sanções contra o país sul-americano existe, no momento em que o governo do presidente americano, Donald Trump, quer reforçar a pressão financeira sobre Caracas.

A produção de petróleo venezuelana caiu 50 mil barris em abril na comparação com o mês anterior, para 1,42 milhão de barris por dia, segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). As sanções econômicas americanas já existentes e a crise no setor de petróleo venezuelano podem fazer a produção local recuar em “várias centenas de milhares de barris por dia até o fim do ano”, na avaliação da AIE.

Os preços também são apoiados pela intenção dos EUA de retomar sanções econômicas contra o Irã, após Trump abandonar o acordo nuclear de 2015 com o país. Analistas estimam que entre 400 mil e 1 milhão de barris por dia da produção atual do Irã, de 2,4 milhões de barris por dia, estariam em risco agora.

Além disso, a trégua na disputa comercial entre EUA e China apoia o apetite por risco nos mercados em geral nesta manhã.

Por outro lado, o dólar mais valorizado contém a força do petróleo, já que as commodities são negociadas na moeda americana e, nesse caso, ficam mais caras para os detentores de outras divisas. Fonte: Dow Jones Newswires.