Os contratos futuros de petróleo operam em alta na manhã desta segunda-feira, apoiados por problemas na produção global que ajudam a reduzir a oferta disponível no mercado físico.

Às 8h15 (de Brasília), o petróleo WTI para julho subia 1,05%, a US$ 49,13 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançava 1,03%, a US$ 50,15 o barril, na ICE, em Londres.

A oferta de petróleo na Nigéria continua a ser afetada pelos ataques de militantes nigerianos, mesmo após a Exxon Mobil retirar uma suspensão de serviços por eventos que não podia controlar (force majeure) em Que Iboe na última sexta-feira.

Na última semana, o ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, disse que havia se reunido com militantes para tentar impedir futuros ataques que pudessem afetar a produção petrolífera do país. Segundo ele, o trabalho a todo vapor será retomado no terminal de exportação de Forcados até o fim de agosto. A oferta pelo país caiu a mínimas em vários anos, por causa da instabilidade política.

Nas últimas semanas, problemas na produção na Nigéria e no Canadá retiraram mais de 3 milhões de barris por dia do mercado. Mas os ganhos nos preços foram limitados pela produção dos EUA, que mostrou uma recuperação em levantamentos recentes. Os preços mais altos da commodity fazem alguns produtores dos EUA voltarem ao mercado, segundo analistas.

Uma pesquisa da sexta-feira da Baker Hughes mostrou que o número de poços e plataformas em atividade subiu na última semana pela primeira vez em 11 semanas. Caso a tendência continue, isso pode pressionar novamente os preços, com a oferta maior que a demanda, disseram analistas.

Na semana passada, o encontro entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terminou sem qualquer acordo para conter a produção. A atual estratégia de esperar o mercado se equilibrar tem funcionado, segundo vários dos ministros de nações do grupo. Fonte: Dow Jones Newswires.