O petróleo opera de lado, sem tendência definida na manhã desta terça-feira. Após a queda da sessão anterior, os contratos seguem próximos de patamares fortes, com investidores de olho em riscos geopolíticos à oferta.

Às 7h41 (de Brasília), o petróleo WTI para maio tinha alta de 0,06%, a US$ 66,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho subia 0,04%, a US$ 71,45 o barril, na ICE.

No fim da semana passada, os preços tocaram máximas em mais de três anos. Na segunda-feira, porém, houve recuo de mais de 1% nos dois contratos, com a avaliação de que o ataque com mísseis ocorrido na Síria foi algo pontual e de que a Rússia, importante aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, não deve retaliar.

O mercado da commodity está “no modo esperar para ver”, segundo Giovanni Staunovo, analista do UBS Wealth Management.

Na arena geopolítica, Staunovo disse que o foco não está tanto na Síria, mas em se o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá voltar a impor sanções contra o Irã, no próximo mês. Essa medida poderia frustrar a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e reduzir os estoques globais. Para Norbert Ruecker, do Julius Baer, o “ruído político” apoia o humor e impulsiona os contratos.

Analistas e investidores aguardam agora a próxima reunião ministerial da Opep e de países de fora do cartel, como a Rússia. Os ministros desse conjunto de nações podem discutir cortes na oferta também para o próximo ano, durante uma reunião nesta sexta-feira em Jeddah, na Arábia Saudita. O acordo entre eles para reduzir a produção vale em princípio até o fim do ano atual.

Também há expectativa pelos dados semanais de estoques de petróleo nos EUA, divulgados às 17h30 pelo American Petroleum Institute (API). O dado oficial sai nesta quarta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.