Os futuros de petróleo operam com viés de baixa nesta manhã, mas mantêm a maior parte dos fortes ganhos que acumularam na semana passada em meio a crescentes riscos políticos.
Às 8h11 (de Brasília), o barril do Brent para maio tinha queda marginal de 0,04% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 70,42, enquanto o do WTI para o mesmo mês recuava 0,17% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 65,77.
Na sexta-feira, o Brent fechou acima de US$ 70 por barril pela primeira vez desde o fim de janeiro, e tanto a referência britânica quanto o WTI registraram na última semana seus maiores ganhos desde julho do ano passado.
“A geopolítica e crescentes preocupações de que os EUA saiam do acordo (sobre o programa nuclear) do Irã impulsionaram os preços do petróleo para US$ 70 por barril”, segundo Norbert Rücker, chefe de macroeconomia e pesquisa de commodities do banco suíço Julius Baer.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a nomeação de um novo conselheiro de Segurança Nacional que se opõe ao histórico acordo de 2015 – liderado por Washington – destinado a restringir o programa nuclear iraniano. Se os EUA eventualmente abandonarem o pacto, o Irã estará sujeito a nova sanções que podem voltar a prejudicar suas exportações de petróleo e reduzir a oferta global da commodity.
“Do jeito que as coisas estão, é apenas de uma questão de quando, e não se, os EUA se retirarão do acordo e adotarão novas sanções contra o país da Opep”, comentou Stephen Brennock, analista PVM Oil Associates, sobre o acordo de Teerã, referindo-se à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Também na semana passada, a Opep sugeriu que poderá manter os esforços atuais de limitar sua oferta até 2019. Por um acordo iniciado no começo do ano passado, a Opep e dez países que não integram o cartel, incluindo a Rússia, têm buscado reduzir sua produção combinada em cerca de 1,8 milhão de barris por dia. A princípio, o acordo é valido até o fim de dezembro. Fonte: Dow Jones Newswires.