Os contratos futuros de petróleo fecharam sem movimento único nesta terça-feira, 29. O WTI, negociado em Nova York, fechou em seu patamar mais baixo desde meados de abril, no quinto recuo consecutivo, pressionado pela possibilidade de aumento na oferta e pelo dólar valorizado. O Brent, por outro lado, ainda assim conseguiu ganho modesto, recuperando-se em parte de perdas recentes.

O petróleo WTI para julho fechou em baixa de 1,69%, a US$ 66,73 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 0,23%, a US$ 75,49 o barril, na ICE.

A commodity tem mantido viés negativo em sessões recentes, em meio a notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia discutem uma possível elevação de suas produções, como uma maneira de compensar os recuos na Venezuela e no Irã. Além disso, há certa preocupação com a demanda na Europa, em meio a turbulências políticas sobretudo na Itália, mas, em menor grau, também na Espanha.

A JBC Energy atribui o movimento de correção sobretudo à possibilidade de maior produção da Opep. O cartel e a Rússia se reúnem em 22 de junho em Viena. Além disso, investidores esperam o relatório de estoques dos EUA do American Petroleum Institute (API), que sai na quarta-feira, e o levantamento oficial do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), na quinta-feira.

No câmbio, o dólar mais forte em geral também contribuiu para pressionar o petróleo. Nesse caso, a commodity se torna mais cara para os detentores de outras divisas, o que reduz o apetite dos investidores.

Ainda assim, o Brent ficou em alta durante boa parte do pregão. Pela manhã, o contrato chegou a subir mais de 1%, depois chegou a cair, mas ainda se recuperou e fechou com ganhos, recuperando um pouco das quedas mais acentuadas das últimas sessões. Fonte: Dow Jones Newswires.