Os contratos futuros do petróleo fecharam sem direção única nesta terça-feira, 3, em meio a expectativas de aprofundamento nos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e com ameaças de Trump sobre a imposição de novas tarifas no radar.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,25%, a US$ 56,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro recuou 0,16%, a US$ 60,82 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A Opep e aliados se reúnem na quinta e na sexta-feira para falar sobre o atual acordo de cortes na produção, que expira em março. A Reuters informou hoje, com base em uma fonte familiarizada com o assunto, que o cartel e a Rússia chegarão a um consenso durante as conversas desta semana.

O diretor da divisão de indústria e mercado da Agência Internacional de Energia (AIE), Neil Atkinson, por sua vez, disse à mesma agência que a Opep não deve chegar a um consenso até que a perspectiva para o mercado fique mais clara.

O analista de energia do Commerzbank Carsten Fritsch destaca que a Arábia Saudita deve tentar persuadir o cartel a reduzir a produção em 400 mil barris por dia adicionais no primeiro semestre de 2020, mas pondera que, ainda que o novo corte seja confirmado, “isso apenas reduzirá, mas não eliminará completamente, o excesso de oferta iminente”.

Pela manhã, os contratos do petróleo operaram em território negativo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que não há um prazo para a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial com a China, apesar de ter ressaltado que as conversas “estão indo bem”. O líder da Casa Branca também disse que gostaria que um acordo com Pequim ficasse para depois das eleições presidenciais americanas de 2020, além de ter anunciado possíveis novas tarifas a produtos da França.

Além disso, a queda do dólar pode ter influenciado a alta do contrato WTI, pelo potencial de elevar a demanda pela commodity entre os detentores das demais moedas.