Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta terça-feira, 19, em meio às expectativas do mercado sobre as negociações comerciais entre China e Estados Unidos. A queda no volume do petróleo bruto da Arábia Saudita e os cortes implementados no início do ano pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também impactaram os preços.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para entrega em abril fechou em baixa de 0,08%, para US$ 66,45. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para o mesmo mês subiu 0,84%, para US$ 56,45 por barril.

Embora o mercado tenha se mantido otimista com o rumo das negociações comerciais entre EUA e China, analistas do BBH acreditam que o prazo de 1º de março para finalização das conversas poderá ser estendido, considerando que alguns pontos estratégicos do possível acordo permanecem em aberto.

Na tarde desta terça-feira, Trump reiterou que, embora as negociações estejam “indo bem, 1º de março não é uma data mágica”. O presidente americano não detalhou como ficaria a relação com a China a partir de 2 de março caso um acordo não tenha sido firmado até lá.

No Oriente Médio, o volume de petróleo bruto da Arábia Saudita caiu na primeira metade de fevereiro para 6,2 milhões de barris por dia, uma queda de 1,3 milhão por dia em relação ao mês anterior, segundo dados publicados pela Kpler, empresa de rastreamento de commodities. Os dados corroboram os comentários do ministro do Petróleo do país, que disse, no início deste mês, que a Arábia Saudita cortaria ainda mais a produção. Os dados da Kpler também mostraram que menos remessas foram destinadas aos EUA, Índia, Tailândia e Coreia do Sul, em particular.

Nesse contexto, cortes implementados no início do ano pela Opep e seus aliados, liderados pela Rússia, estão impactando o preço do petróleo, com a Arábia Saudita excedendo suas metas, disseram analistas. “A produção da Arábia Saudita reduzindo mais do que o nível exigido também serve para compensar a falta de confiança de países como o Iraque”, disse o Commerzbank. (Com informações da Dow Jones Newswires)