Os preços do petróleo fecharam sem direção única na sessão desta quinta-feira, 12, após uma manifestação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Síria desarmar, em parte, a percepção de risco geopolítico que vinha fazendo os preços da commodity dispararem.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para junho fechou em baixa de US$ 0,04 (-0,06%), a US$ 72,02. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para maio subiu US$ 0,25 (+0,37%), para US$ 67,07.

Trump foi ao Twitter na manhã desta quinta com a afirmação de que a execução de uma ação militar americana contra as forças do governo sírio “pode ser muito em breve ou nada em breve”. N quarta, no entanto, ele havia usado a mesma rede social para dizer à Rússia, o maior aliado do presidente Bashar al-Assad, que se preparasse, porque mísseis “legais e novos e ‘inteligentes’ (…) estão a caminho” da Síria.

Para além da contradição entre posturas de Trump em dias diferentes, o discurso volátil do ocupante da Casa Branca se embaralha também com falas de um de seus principais subordinados.

Em um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA, o secretário de Defesa do país, James Mattis, disse acreditar que houve um ataque químico contra civis na Síria, mas comentou que seu gabinete está “procurando a evidência real” que comprove a acusação.

As confusas sinalizações emanadas pela Casa Branca provocaram uma realização de lucros durante a manhã, embora o movimento não tenha mantido a mesma força durante toda a sessão, com os investidores voltando a procurar os contratos.

No noticiário setorial, o mercado também esteve atento ao relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de abril. O documento indicou que a produção de óleo do cartel caiu 201 mil barris por dia em março, para uma média de 31,96 milhões de barris por dia. A queda em março foi atribuída à redução da produção na Angola, na Venezuela, na Argélia e na Arábia Saudita.

Ao mesmo tempo, a oferta total mundial subiu 180 mil barris por dia no mês passado, resultado do aumento a produção de produtores de fora da Opep, como os EUA, a Noruega e o Reino Unido.