Os contratos futuros de petróleo fecharam a quinta sessão consecutiva em queda, com o WTI mais líquido renovando mínima de 13 meses, em meio às persistentes incertezas em relação ao impacto do coronavírus na demanda global.

O petróleo WTI para abril fechou em queda de 3,37%, a US$ 47,09 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio recuou 2,05%, a US$ 51,73 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Durante todo o pregão, os futuros do petróleo operaram em território negativo, na esteira de notícias sobre o avanço mundial do coronavírus.

No início da tarde, o WTI chegou a recuar mais de 5% após o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertar para a possibilidade de o surto se transformar em uma pandemia.

Segundo a entidade, além da China, 44 países registraram 3.474 casos da doença, com 54 mortes. Só na Itália, 650 pessoas foram diagnosticadas com o vírus, entre as quais 17 morreram. “O que está acontecendo no resto do mundo (fora do país asiático) é agora nossa grande preocupação”, disse Tedros.

Conforme destaca o BBH, o cenário intensificou a aversão ao risco que já vinha deixando os mercados em tom de cautela nos últimos dias.

“Ativos ligados ao crescimento global vão permanecer sob pressão até que o verdadeiro alcance do coronavírus seja conhecido. Isso inclui as commodities”, explica a instituição, em relatório enviado a clientes.

Na avaliação do ING, o movimento recente do mercado deve mandar um sinal à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de que mais cortes na produção serão necessários, contrariando a posição da Rússia. A entidade se reúne na próxima semana em Viena, na Áustria.