Os contratos futuros do petróleo fecharam mistos, nesta segunda-feira, 26, após pregão marcado pela volatilidade. Os ativos da commodity começaram o dia em queda, influenciados pela baixa nas bolsas asiáticas, mas ganharam fôlego com o sentimento geral de melhora no mercado. No radar dos investidores, nesta semana, está a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e balanços de grandes petroleiras. Ainda, de acordo com analistas, a variante delta do coronavírus segue como motivo de preocupação.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em baixa de 0,22% (US$ 0,16), a US$ 71,91, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent, por sua vez, fechou em alta de 0,54% (US$ 0,40), a US$ 74,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os ativos do petróleo oscilaram o comportamento ao longo do dia. Na análise do Commerzbank, preocupações renovadas com a variante delta e o impacto na demanda por petróleo puxam seu preço para baixo.

“Além disso, três consultoras respeitáveis afirmam esperar que as importações de petróleo na China subam apenas 2%, no máximo, neste ano. Esta seria a taxa mais baixa dos últimos 20 anos”, dizem os analistas. A baixa demanda pelo país seria pela ação das autoridades chinesas para combater o uso indevido de cotas de importação e pela alta nos preços do petróleo.

Para o BMO, a cepa delta do coronavírus não deve implicar em restrições no comércio e um novo lockdown nos Estados Unidos. No entanto, embora não haja uma determinação oficial, é relevante considerar o risco de que a população escolha limitar suas compras feitas pessoalmente, pontua o banco. “É suficiente dizer que a reintrodução do risco da covid-19 deixa consumidores em um estado de espera, o que levará a uma recalibração na perspectiva de crescimento para o segundo semestre”, dizem os analistas. Caso haja menor consumo e mobilidade limitada de pessoas, a demanda por petróleo e, consequentemente, seu preço poderiam ser impactados.

Ao longo desta semana, investidores devem acompanhar a decisão monetária do Fed, além de resultados trimestrais da ExxonMobil, Chevron e Royal Dutch Shell.