Petróleo fecha em queda, pressionado por dólar e perspectivas globais

O petróleo fechou em queda nesta terça-feira, 30, à medida que o dólar forte ante moedas rivais pressiona as commodities de forma geral, enquanto investidores monitoram sinais de desaceleração global.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,28%, a US$ 66,18 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para janeiro recuou 1,83%, a US$ 75,95 por barril.

Ao mesmo tempo que o dólar em alta em relação a outras moedas fortes pressiona o petróleo, porque o torna mais caro para operadores em posse de outras divisas, dados preliminares da Eurostat, órgão de estatísticas da União Europeia (UE), do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro reforçaram preocupações já existentes com uma desaceleração da economia global.

Segundo a agência, a economia da zona do euro se expandiu menos do que o esperado no terceiro trimestre de 2018, com avanço de 0,2% entre julho e setembro ante o segundo trimestre, enquanto analistas previam ganho de 0,5% no período. Um cenário global assim poderia reduzir a demanda por petróleo, levando à queda nos preços.

Por outro lado, uma nova rodada de sanções dos Estados Unidos ao Irã está prevista para entrar em vigor na próxima semana. Em nota a clientes, analistas do Commerzbank destacam que “ainda não está claro quanto as exportações de petróleo iraniano cairão” assim que as novas sanções forem impostas.

No entanto, “o mercado está surpreendentemente relaxado no momento, provavelmente como resultado dos últimos relatos da Rússia. O ministro da Energia do segundo maior produtor Alexander Novak, depois dos EUA, atualmente não vê razão para congelar a produção em seu nível atual, muito menos para reduzi-la”, destacam.

No fim da tarde, agentes acompanharão, ainda, a divulgação das estimativas dos estoques de petróleo nos EUA de acordo com o American Petroleum Institute (API), cuja previsão é de alta de 1,7 milhão de barris. Os dados recentes têm mostrado, semanalmente, alta no volume estocado da commodity no país.