Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 11, em meio a incertezas a respeito da recuperação da demanda pela commodity. O Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos elevou as projeções para o consumo global em 2020, mas ainda prevê uma queda de 8,1 milhões de barris por dia (bpd) em relação a 2019.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para setembro recuou 0,79%, a US$ 41,61 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro perdeu 1,09%, a US$ 44,50 o barril.

Os preços do petróleo começaram o dia em alta, acompanhando o sentimento positivo nos mercados financeiros globais, depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o país será o primeiro a registrar uma vacina contra o coronavírus. Poucos detalhes sobre as pesquisas clínicas foram divulgados e há dúvidas sobre se imunizador passou por todas as etapas dos estudos. Mesmo assim, o anúncio espalhou bom humor pelas bolsas em todo o mundo.

À tarde, contudo, as cotações perderam força e migraram para o terreno negativo. A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), do DoE, informou que prevê que a demanda por petróleo somará 93,1 milhão de bpd em 2020, uma queda em relação aos 101 milhões de bpd no ano passado.

O analista da Oanda, Edward Moya, avalia que a alta recente nos preços do petróleo deve ter uma pausa, até que haja um desdobramento positivo no campo das pesquisas por uma vacina contra a covid-19. “A aprovação russa de uma vacina foi recebida com muito escrutínio, porque os testes clínicos não foram concluídos”, explica.

O Commerzbank, por outro lado, acredita que o horizonte de curto prazo é positivo para o setor de energia. “A disciplina da Organização dos País Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) com o acordo por cortes na produção deve compensar o ritmo vacilante da recuperação da demanda”, analisa.

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