Os contratos futuros de petróleo fecharam com perdas de cerca de 4% hoje, em dia de generalizada aversão ao risco nos mercados internacionais, na esteira da revelação de um escândalo envolvendo grandes bancos e dos temores de que uma segunda onda de casos de covid-19 na Europa possa levar à imposição de novas restrições de movimento. O cenário conturbado acarretou em aumento na demanda pela segurança do dólar, que se fortaleceu e, em consequência, pressionou as cotações de commodities.

O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 4,31%, em US$ 39,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 3,96%, a US$ 41,44 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A semana começou com investidores apreensivos no exterior, depois que uma reportagem do BuzzFeed News denunciou uma série de transações suspeitas envolvendo pelo menos cinco grandes bancos. As alegações repercutiram mal nas mesas de operações e provocaram um movimento de fuga de ativos arriscados. Como resultado, o dólar se valorizou, o que tende a prejudicar commodities denominadas na divisa norte-americana.

Em relatório, o ING aponta também para notícias de que a Líbia se prepara para retomar a produção de petróleo em plena capacidade. O país enfrenta um bloqueio de seus principais portos e plataformas causado por rebeldes contrários ao governo. “O mercado global de petróleo está em um estado frágil, então qualquer oferta adicional apenas vão tornar mais difíceis os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) para equilibrá-lo”, analisa.


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