Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, 29, com expectativa para a reunião da Organização dos Países Exportadores e aliados (Opep+), adiada para semana que vem. A queda nos preços da commodity também acontecem com o abrandamento das tensões no Oriente Médio desde que o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah foi alcançado, antes nesta semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fecha em queda de 1,05% (US$ 0,72), a US$ 68,00 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,29% (US$ 0,94), a US$ 71,84 o barril.

Durante o pregão, o óleo chegou a operar em alta, mas os ganhos foram devolvidos e a commodity se firmou em território negativo, apesar da queda do dólar. Em análise, o ANZ Research explica que os preços do petróleo têm registrado volatilidade e que as tensões geopolíticas parecem ter cessado – pelo menos momentaneamente – com o acordo de cessar-fogo inicial que prevê 60 dias de pausa no conflito.

No documento, o banco diz esperar que a Opep+ anuncie outro atraso no aumento da produção do óleo, o que permitiria a revisão do impacto do comércio e das políticas externas dos EUA. Porém, o ANZ considera “improvável que isso distraia de eventualmente desfazer os cortes voluntários”.

Para o DNB Markets, o barril do Brent pode cair para cerca de US$ 60 se a Opep+ prosseguir com o aumento planejado da produção. “O mercado de petróleo não consegue lidar com mais barris da Opep+ em 2025”, diz.

Segundo o Commerzbank, é provável que a Opep de fato adie o aumento da produção em pelo menos três meses, o que deve fazer com que o petróleo retome alta. “Isso deve dar suporte ao preço do petróleo”, defende.

*Com informações da Dow Jones Newswires