Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve queda nesta sexta-feira, 29, após apresentarem volatilidade durante a sessão. Voltaram a pesar no mercado as preocupações com o excesso de oferta global, depois de alguns dias de otimismo de investidores e operadores com relação a uma queda na produção em certas regiões.

Na Nymex, o WTI para junho fechou em queda de US$ 0,78 (0,23%), a US$ 45,92 por barril. Na ICE, o Brent para junho, que expirou hoje, caiu US$ 0,01 (0,02%), para US$ 48,13 por barril, e o contrato para julho, que já é o mais negociado, recuou US$ 0,40 (0,83%), para US$ 47,37 por barril.

“A dúvida no curto prazo é se existe força suficiente para levar o petróleo para US$ 50 por barril”, afirmaram analistas da TAC Energy em nota a clientes. “Existem dúvidas sobre se esse firme e tranquilo avanço para cima pode continuar.”

A produção de petróleo dos EUA diminuiu 51 mil barris por dia, ou 0,6%, em fevereiro, para 9,1 milhões de barris por dia, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Departamento de Energia (DoE). Alguns analistas previam queda entre 60 mil e 90 mil barris por dia, de acordo com a Simmons & Co. International.

Além disso, alguns analistas acreditam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tenha aumentado sua produção desde o fracasso nas negociações para um congelamento nos níveis de janeiro. Para especialistas, a ausência de um acordo pode levar certos produtores, como a Arábia Saudita, a continuarem ampliando a atividade em uma tentativa de manter sua fatia do mercado.

Uma pesquisa feita pelo Wall Street Journal com 13 bancos de investimento nesta semana previu que o preço do Brent deve ficar em média em US$ 39,25 por barril neste trimestre e subir para US$ 42,30 por barril, no terceiro trimestre. Alguns dos bancos, incluindo Morgan Stanley e ING, preveem uma nova queda no terceiro trimestre. Fonte: Dow Jones Newswires