O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira, 3, com tensões sobre a economia global reforçadas por dados decepcionantes dos Estados Unidos. Sem notícias específicas do mercado do óleo que justifiquem a queda acentuada nos preços no último mês, os contratos futuros se atentam à demanda mundial, que pode enfraquecer com a perda de ímpeto da atividade.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI negociado para julho caiu 0,47%, a US$ 53,25. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para agosto encerrou o pregão em queda de 1,15%, a US$ 61,28.

Em relação ao início de abril, o petróleo WTI acumulou queda de mais de 14%, enquanto o Brent recuou mais de 13%. “Não houve notícias específicas do mercado de petróleo para explicar isso.

Pelo contrário, as últimas pesquisas mostraram um declínio adicional na produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em maio”, apontam analistas do Commerzbank.

Ainda na avaliação do banco alemão, a Opep, “portanto, forneceu ao mercado de petróleo uma quantidade consideravelmente menor do que a necessária”. Os temores que justificam a queda nos preços vêm de fatores macroeconômicos, diz o Commerzbank. Em primeiro lugar, há o medo de uma desaceleração da demanda de petróleo em meio às tensões comerciais. “Se a demanda global por petróleo crescer menos pronunciada do que se pensava no segundo semestre do ano, isso teria efeitos consideráveis no saldo do mercado”, que poderia ver um excedente de produção, avaliam.

Por isso, mesmo que a Opep e aliados (Opep+) decidam, na reunião de junho, estender os cortes na produção atuais, os preços mais baixos podem permanecer como uma realidade. Nesta segunda, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse estar confiante de que o cartel e parceiros produtores chegarão a um consenso para estender o atual nível de produção no segundo semestre do ano.