Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 7, após a alta recente provocada por temor de interrupções no fornecimento da commodity diante da tensão no Oriente Médio. Um ataque dos Estados Unidos matou um importante comandante militar iraniano no Iraque, na semana passada. Sem notícias que sinalizem uma retaliação iraniana contra os EUA até o momento, houve um movimento de realização de lucros.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro caiu 0,90%, a US$ 62,70 o barril. E o Brent para março recuou 0,93%, a US$ 68,27 o barril.

Os preços do petróleo estavam em elevada alta desde o bombardeio americano que matou Qassim Suleimani, general da Guarda revolucionária do Irã, sob temores de uma escalada de violência na região produtora de petróleo. Superado o choque inicial, investidores reavaliam a possibilidade de um conflito em ampla escala entre EUA e Irã. Já na madrugada desta terça-feira (em Brasília), os contratos futuros apresentavam queda.

Hoje o presidente americano, Donald Trump, disse estão “preparados para qualquer retaliação do Irã” e que o país persa “deve sofrer as consequências” se atacar os EUA.

Pouco antes, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que o Irã nunca terá arma nuclear, que os EUA não permitirão que isso aconteça, e que o bombardeio americano impediu um ataque iminente contra americanos no Oriente Médio. Apesar das ameaças iranianas feitas por líderes do país durante os funeral de Qassim Suleimani, não houve retaliação por parte de Teerã.

Relatório da Stifel, enviado a clientes, avalia que a commodity reverteu alguns ganhos pesados diante de avaliações de analistas especulando que o Irã “dificilmente atacaria os EUA de uma maneira que atrapalhasse o fornecimento global de petróleo, ou o suas próprias exportações”.