Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira, 30, enquanto operadores acompanharam a decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter o atual plano de oferta. Movimentações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também estão no radar e investidores poderam o possível aumento na oferta da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto caiu 3,66% (US$ 4,02), a US$ 105,76, enquanto o do Brent para o mês seguinte recuou 3,04% (US$ 3,42), a US$ 109,03, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os membros da Opep+ mantiveram o plano de elevar a produção do petróleo em 648 mil barris por dia (bpd) em agosto, conforme comunicado após decisão ministerial do cartel. Os ativos da commodity chegaram a reduzir perdas logo após a informação. A Capital Economics avalia, porém, ser improvável que a Opep+ consiga aumentar a oferta rápido o suficiente até agosto para alcançar a meta do mês. Os países-membros têm ficado milhões de barris abaixo de seu objetivo há meses e é improvável que o cenário mude,afirma a consultoria, dadas as limitações de capacidade na Angola e Nigéria, por exemplo, além das questões ligadas às sanções contra a Rússia.

Também hoje, Biden disse ter pedido a países do Golfo Pérsico que aumentem sua produção de petróleo para conter a escala de preços da commodity. No entanto, o presidente negou que debater o assunto seja seu objetivo principal na visita ao Oriente Médio no próximo mês.

A Stifel analisa que as recentes movimentações do petróleo deixam claras as forças divergentes atuando sobre os mercados das commodities. De um lado, há os fracos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de junho e as perspectivas para aperto de condições financeiras que devem pesar sobre a demanda do petróleo. Ao mesmo tempo, a oferta do óleo é limitada no cenário atual.