Os preços do petróleo voltaram a recuar nesta sessão, com os investidores receosos de que a nova onda de covid-19 e o surgimento de uma cepa ainda mais transmissível do coronavírus minem o processo de recuperação da economia global e, consequentemente, da demanda pela commodity.

“As nuvens de tempestade estão ficando mais escuras e o pior pode estar por vir no próximo ano, pois a pandemia de coronavírus claramente assustou o consumidor”, avalia Chris Rupkey, do MUFG. Hoje, dados de confiança do consumidor dos EUA surpreenderam os analistas, ao mostrar uma inesperada retração.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para fevereiro do WTI fechou em queda de 1,98% (US$ 0,95), a US$ 47,02 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês baixou 1,63% (US$ 0,83), a US$ 50,08 por barril.

O ministro de Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, avalia, de acordo com a Reuters, que as políticas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) têm ajudado a equilibrar o mercado e mantido os preços em níveis “adequados”.

Ainda hoje, o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) divulga os estoques da commodity nos EUA. Amanhã, é a vez do Departamento de Energia americano informar como estão os estoques. Pesquisa realizada pelo The Wall Street Journal mostra que a expectativa é por queda de 3,1 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada.