Os contratos futuros de petróleo fecharam em território negativo nesta quarta-feira, 11. Em um dia de agenda movimentada para a commodity, houve avanço nos contratos em parte do pregão, em meio à divulgação de um relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e após um recuo acima do esperado nos estoques dos Estados Unidos. O sinal, contudo, inverteu em meio a relatos de que os Estados Unidos podem relaxar sanções ao Irã, o que significaria mais barris no mercado.

O petróleo WTI para outubro fechou em queda de 2,87%, a US$ 55,75 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro recuou 2,52%, a US$ 60,81 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos subiam no início do dia, após o American Petroleum Institute (API) ter estimado no fim da tarde de ontem um recuo expressivo dos estoques nos EUA na última semana. Mas o movimento perdeu fôlego após a Opep cortar sua projeção de avanço na demanda global pela commodity em 2019 pelo segundo mês consecutivo.

Por volta do meio do dia, o dado oficial do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrou queda de 6,912 milhões de barris nos estoques dos EUA na última semana, bem acima da previsão de recuo de 2,4 milhões de barris dos analistas. Os números fizeram com que as cotações do petróleo ganhassem mais força.

Pouco depois, contudo, os contratos passaram a oscilar entre altas e ganhos. O quadro negativo se consolidou após relatos de que o presidente americano, Donald Trump, estuda flexibilizar sanções contra o Irã, a fim de se aproximar do governo de Teerã e garantir reunião com o presidente do país persa, Hassan Rouhani. A discussão ocorreria após a demissão de John Bolton, que como conselheiro de Segurança Nacional defendia postura dura com o rival.

O Commerzbank afirma que a demanda por petróleo “está desacelerando de modo visível”, mas também destaca em relatório que há esperanças de que o conflito dos EUA com o Irã possa ser contido. Para a Eurasia, a saída de Bolton deve levar a uma política externa “mais centrista” nos EUA, o que deve afetar também as relações com o Irã.