Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 1º, em meio a sinais de desaceleração da recuperação da economia mundial e incertezas sobre o equilíbrio entre oferta e demanda.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro perdeu 3,73%, a US$ 38,72 o barril, mas recuou 5,61% no mês. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o dezembro recuou 3,24%, a US$ 40,93 o barril, com queda de 6,58% em setembro.

“A demanda global de petróleo está em estagnada”, avalia o analista Jim Burkhard, da IHS Markit ao WSJ. “O grande aumento na demanda desde o baixo nível de abril está acabado em grande parte até que a covid-19 seja contida e vacinas eficazes estejam disponíveis”, completa.

O quadro do consumo mundial da commodity acontece em um momento em que o persistente avanço do coronavírus ameaça o processo de retomada econômica. Nos Estados Unidos, por exemplo, a IHS Markit divulgou hoje que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos Estados Unidos teve tímida variação positiva 53,1 para 53,2 na passagem de agosto para setembro. A previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal era de 53,5.

Para agravar a situação, vários países estão acelerando a produção da commodity energética, elevando o risco de um excesso de oferta. O Iraque havia prometido cortar 400 mil barris por dia em agosto e setembro, mas dados recentes de exportação sugerem que a nação do Oriente Médio não cumpriu o combinado. Já a Rússia deve ter alta de 9% nas vendas de petróleo em outubro.

O diretor-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se disse “cautelosamente otimista” de que o mercado irá se estabilizar, mas reconheceu que as incertezas permanecem alta.

*Com informações da Dow Jones Newswires