Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira, 3, em queda, diante dos dados fracos da economia americana, que mostraram retração do setor manufatureiro, e após a entrada em vigor do mais recente lote de tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações chinesas.

O petróleo WTI para outubro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou o dia em baixa de 2,10%, em US$ 53,94 o barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro encerrou em queda de 0,68%, em US$ 58,26 o barril.

Nesta terça, o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que o índice de atividade industrial nos EUA caiu de 51,2 em julho para 49,1 em agosto, frustrando expectativas de analistas, que previam queda menor, a 51.

A leitura abaixo de 50 indica que o setor manufatureiro americano está em contração, o que pode significar tendência de queda na demanda pela commodity energética, o que pressionou suas cotações. “Crescimento econômico mais fraco deve diminuir a demanda por petróleo”, reforça um relatório do BBVA divulgado a clientes.

Além disso, o pregão físico desta terça-feira é o primeiro desde 1º de setembro, quando o primeiro lote das mais recentes tarifas impostas pelos EUA à China passou a vigorar. Na segunda-feira, os mercados americanos estavam fechados devido ao feriado do Dia do Trabalho.

Pelo lado cambial, o dólar forte ao longo do pregão, sobretudo nas primeiras horas, também pressionou as cotações de petróleo, na medida em que commodities, negociadas na divisa americana, se tornam mais caras para detentores de outras divisas.

Para o BBVA, seguem pressionando o petróleo as incertezas envolvendo as relações entre os EUA e a China e entre os americanos e o Irã. Assim, a instituição aposta em preços ainda mais baixos no segundo semestre de 2019 e no primeiro semestre de 2020.