Os contratos futuros de petróleo fecharam novamente em queda nesta quarta-feira, 24,com cenário global incerto em meio à pandemia e casos crescendo na América, além da oferta da commodity ainda alta. Os estoques subiram nos Estados Unidos acima da expectativa do mercado.

O barril do petróleo WTI para agosto fechou em queda de 5,84%, a US$ 38,01 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para o mesmo mês recuou 5,44%, a US$ 40,31 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os preços do petróleo atingiram mínimas logo após a divulgação do relatório semanal de estoques nos EUA pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os estoques aumentaram 1,442 milhão de barris na semana, acima da previsão de alta de 600 mil dos analistas, enquanto a produção média diária também subiu.

Por outro lado, o retorno do tráfego em território americano é visto como ponto positivo para a gasolina. A IHS Markit destaca que o consumo do combustível nos EUA já atingiu um marco, ultrapassando a metade do caminho para os níveis anteriores à pandemia, “à medida que os motoristas voltam à estrada em meio a uma recuperação parcial da economia dos EUA”, mostra relatório da OPIS DemandPro, uma empresa da IHS Markit.

O ING afirma que “um mercado mais forte da gasolina parece estar ajudando as margens de petróleo, pois há mais economias retornando a “alguma forma de normalidade”, no entanto, “claramente, as margens ainda são historicamente fracas”.

A instituição aponta que a demanda por petróleo continuará bem abaixo dos níveis anteriores à covid-19, e “é difícil ver um aumento significativo até que os estoques de produtos refinados sejam reduzidos a níveis mais gerenciáveis”. Portanto os preços devem continuar a tendência de queda.

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Além disso, o mercado operou com aversão ao risco no pregão de hoje, em meio ao aumento nos novos casos de coronavírus nos EUA e novas tensões comerciais entre Washington e a União Europeia.


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