O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira, 14, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informar alta maior que previsto nos estoques da commodity. Investidores também monitoram com cautela indicações sobre as negociações entre Estados Unidos e China e indicadores aquém do esperado do gigante asiático.

O contrato do WTI para dezembro fechou em queda de 0,61%, a US$ 56,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para janeiro recuou 0,14%, a US$ 56,77, na Intercontinental Exchange (ICE).

O petróleo tentou sustentar algum fôlego durante a manhã, mas reduziu os ganhos e foi a território negativo após o relatório semanal do DoE indicar alta acima do esperado no volume estocado de petróleo. Os estoques de gasolina também subiram, ao contrário da projeção de queda. A produção média, além disso, se ampliou de 12,6 milhões de barris por dia (bpd) para 12,8 milhões.

Influencia os preços, ainda, a cautela com as negociações entre EUA e China. Hoje, novas informações do Financial Times foram na mesma direção das divulgadas ontem pela Dow Jones Newswires, que indicavam dificuldade nas tratativas.

A aparente trava na relação bilateral ocorre em meio a recentes sinais de desaceleração do gigante asiático, que hoje mostrou desaceleração na indústria, varejo e investimentos em ativos fixos, segundo dados publicados.

Também hoje, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a perspectiva para o crescimento da demanda global pela commodity para 2019 e 2020. Para este ano, a projeção segue em 980 mil bpd e, para 2020, o crescimento está previsto em 1,08 milhão de bpd. A manutenção das previsões pela Opep para este ano ocorre após três meses consecutivos de corte.