Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, 3, pressionados por temores de que o excesso de oferta mundial não será resolvido tão cedo como antecipado. Investidores aguardam dados dos estoques norte-americanos da American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) atrás de mais informações do mercado. A expectativa, no entanto, é que os estoques no país tenham atingido novos recordes.

Os preços do barril subiram aos maiores patamares nos últimos cinco meses em meio a notícias sobre a queda da produção em alguns países, além da expectativa de declínio da produção nos Estados Unidos. No entanto, dados recentes da produção e de estoques mostram que o nível mundial ainda se encontra acima do necessário para promover um equilíbrio entre a demanda e a oferta, o que prejudicou a confiança de investidores.

Por outro lado, a alta dos preços do petróleo nos últimos tempos tem levado economistas a alertar para possibilidade da volta da produção norte-americana de óleo de xisto ao mercado, o que pioraria ainda mais o quadro.

“O petróleo parece ter atingido seu teto, uma vez que estamos perto dos patamares em que podemos ver a reativação da produção em plataformas de xisto”, disse Augustin Eden, analista da Accendo Markets.

A commodity também foi afetada por dados negativos do setor industrial da China. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do país caiu pelo 14º mês seguido, para 49,4 em abril. Além disso, um movimento de recuperação do dólar nesta terça-feira também influiu na queda das commodities.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para junho fechou em queda de 2,52%, a US$ 43,65 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato do Brent para julho cedeu 1,88%, a US$ 44,97 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires

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