Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quarta-feira, 19, em baixa moderada, apesar da queda mais acentuada do que o esperado pelos investidores no volume estocado de óleo cru nos Estados Unidos. O movimento sugere realização de lucros após os fortes ganhos observados no pregão anterior, ao mesmo tempo em que a demanda pela commodity continuou no radar dos agentes do mercado.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto fechou em queda de 0,25%, cotado a US$ 53,97 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês recuou 0,51%, para US$ 61,82.

O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou nesta quarta-feira que os estoques de petróleo bruto caíram 3,106 milhões de barris na semana passada, enquanto o mercado esperava um declínio menos acentuado, de 1,6 milhão de barris. Também houve queda maior do que a projetada no volume estocado de gasolina e no de destilados. “No geral, foi, certamente, um relatório muito menos pessimista do que vimos recentemente”, afirmou o consultor Kyle Cooper, da ION Energy. Contudo, para ele, “ainda existem algumas variáveis que podem manter os preços um pouco restritos”.

Logo após a divulgação do relatório do DoE, os preços do petróleo chegaram a ganhar fôlego, mas não conseguiram manter os ganhos e encerraram o dia em leve baixa à medida que os agentes se mantiveram atentos à questão da demanda por energia. Estrategistas do alemão Commerzbank escreveram, em nota a clientes, que “há, agora, crescentes esperanças no mercado de que o conflito comercial seja resolvido”, referindo-se à situação comercial entre EUA e China. No dia anterior, quando o presidente americano, Donald Trump, indicou que pode se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, no G20, os preços do óleo apresentaram ganhos expressivos.

Além disso, os agentes se atentaram a informações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Nesta semana, o Wall Street Journal informou que a Arábia Saudita deve cortar a produção de petróleo e pressionar outros membros do cartel para que façam o mesmo. Durante a manhã, a Opep confirmou que a reunião em conjunto com um grupo de outros países produtores liderado pela Rússia para discutir a redução da oferta de óleo cru será realizada em 1º e 2 de julho. /Com informações da Dow Jones Newswires

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