Petróleo fecha em leve alta antes de cúpula Trump-Putin

Os preços do petróleo flutuaram nesta segunda-feira (11), antes de fechar em leve alta, com os operadores hesitantes antes da cúpula entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, e a publicação dos dados da inflação nos Estados Unidos.

O barril do Brent do Mar do Norte, com entrega para outubro, subiu 0,06%, para 66,63 dólares.

O West Texas Intermediate (WTI), com entrega em setembro, subiu 0,12%, para 63,96 dólares o barril.

“O mercado adota uma atitude de expectativa”, resumiu em declarações à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Os operadores esperam “uma grande quantidade de informação que poderia ter um impacto à baixa nos mercados”, acrescentou o analista.

O presidente americano e seu contraparte russo se reunirão na próxima sexta-feira no Alasca para discutir uma possível distensão do conflito na Ucrânia.

“O mercado parece considerar, ao menos por enquanto, que o presidente Trump não imporá sanções adicionais a Moscou que possam ter um impacto no abastecimento de [petróleo] cru” russo, assinalou a Lipow.

Na semana passada, a Casa Branca se mostrou firme com a Índia, ao anunciar tarifas alfandegárias de 50% sobre os produtos indianos, em represália às compras de petróleo russo por Nova Délhi, o segundo cliente mais importante de Moscou depois da China.

Nesta segunda, o presidente americano prorrogou por 90 dias a trégua tarifária com a China, horas antes de expirar.

Quanto aos indicadores, os operadores esperam a publicação, nesta terça-feira, do índice de preços ao consumidor (IPC) de julho nos Estados Unidos, um indicador-chave da inflação.

“Se o IPC for maior que o previsto (…), isto poderia incitar o Federal Reserve [banco central americano] a adiar qualquer redução das taxas de juros”, explicou Lipow sobre a decisão que deve ser tomada pelo Fed.

Juros mais altos encarecem o acesso ao crédito, o que poderia afetar a demanda mundial de petróleo.

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