O petróleo fechou em forte queda nesta terça-feira, 18, no menor nível desde agosto de 2017, à medida que pesam preocupações em relação ao ímpeto da economia global e incertezas sobre o comprometimento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) com o corte na produção anunciado no início deste mês.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou com tombo de 7,17%, cotado a US$ 46,60 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para entrega em fevereiro cedeu 5,61%, para US$ 56,26. No pregão eletrônico, a queda acentuada continuou e o WTI chegou a recuar mais de 8%.

“A estabilização do mercado de petróleo já é história”, avaliam analistas do Commerzbank, em nota a clientes. Para o banco alemão, o otimismo depois que a Opep+ confirmou um corte na produção de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em relação aos níveis de outubro, o que, para analistas, poderia reequilibrar o mercado da commodity, “evaporou inteiramente”.

A informação de que a Rússia elevou a produção para um nível recorde neste mês, de 11,42 milhões de bpd, reforça as dúvidas sobre o cumprimento do pacto firmado na reunião dos dias 6 e 7 de dezembro do cartel. O Commerzbank acrescenta que “é pelo menos provável que a Rússia leve alguns meses para implementar totalmente o acordo” de redução do volume produzido.

Além disso, continuam no radar de investidores as preocupações com uma desaceleração econômica global, o que poderia impactar a demanda do óleo, e os estoques crescentes em solo americano. Na agenda de indicadores desta terça-feira, agentes ainda acompanharão as estimativas para o volume estocado nos Estados Unidos na leitura do American Petroleum Institute (API), enquanto amanhã o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano divulgará o crescimento do volume da commodity nos EUA.