O petróleo fechou em forte queda nesta sexta-feira, 24, e o WTI registrou a maior perda semanal desde maio de 2019, em meio à cautela provocada pela disseminação do surto de coronavírus. O vírus já afeta mais de 903 pessoas, com dois casos confirmados nos Estados Unidos e outros dois na França, e causou 26 mortes até o momento.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 2,52%, a US$ 54,19 o barril, com queda semanal de 7,49%, o maior recuo no período desde 31 de maio. O contrato do Brent para o mesmo mês recuou 2,18%, a US$ 60,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), e cedeu 6,41% na semana.

A confirmação de um novo caso de coronavírus nos EUA e um suposto terceiro, assim como a identificação de dois infectados na França, ampliaram a cautela entre investidores com o surto de coronavírus, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considerar o caso como emergência de saúde pública.

Na avaliação do Commerzbank, é preciso estar preparado para “surpresas negativas” quando se trata da demanda chinesa pela commodity, uma vez que o governo tem isolado cidades na província de Hubei, onde ocorreram as mortes ligadas ao coronavírus.

“O impacto disso é ainda maior porque as restrições estão sendo impostas durante a temporada de viagens mais movimentadas para os chineses”, apontam os analistas, em referência ao feriado Ano-Novo Lunar.

A atenção dada pelo mercado de petróleo ao tema sinaliza que os investidores têm se concentrado mais em eventos macro do que em fundamentos, destaca o ING Economics. “A queda no preço resultante do vírus mais do que compensa os ganhos observados após as interrupções no fornecimento de petróleo da Líbia”, aponta.

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Nesta sexta, também foi informado que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 3 na semana até 24 janeiro, a 676, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.


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