Os contratos futuros de petróleo fecharam em fortes altas nesta segunda-feira, 9, impulsionados pelo otimismo do mercado para a recuperação na economia, após a divulgação da eficácia da vacina da Pfizer em conjunto com a Biotech contra a covid-19, nos resultados preliminares. Ao longo da sessão, a euforia diminuiu, assim como para outros ativos, mas ainda houve importantes avanços nos preços.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 8,41%, em US$ 40,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para janeiro subiu 7,48%, a US$ 42,40 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Com a divulgação de que o imunizante da Pfizer teve eficácia de mais de 90%, a alta durante a sessão ficou próxima a 10% para WTI e Brent, com o primeiro chegando a ultrapassar essa marca simbólica. Ao longo do dia, assim como para vários outros ativos de risco, a euforia foi contida, e os ganhos diminuíram. A notícia dominou os mercados, ofuscando os desdobramentos da eleição de Joe Biden nos Estados Unidos.

O ING projeta que o petróleo passe por um movimento de acentuada alta, com a recuperação da demanda. No entanto, o banco indica que ainda há perguntas sem respostas a respeito do imunizante, como a logística por trás da vacinação em massa de toda a população mundial.

“Todas essas questões ajudarão a determinar quando a economia global pode retornar a algo mais próximo do normal. Em nossas últimas previsões, presumimos que pode não ser até meados do final de 2021 para o crescimento retornar de forma consistente para muitas economias”, avalia o ING.

Pelo lado da cautela para com a recuperação da demanda, a renovação de medidas restritivas na Europa para conter o aumento de casos de covid-19 pode refletir negativamente. A Reuters, citando um funcionário da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), divulgou que esta é a perspectiva da organização, que irá publicar na quinta-feira sua próxima análise do mercado de petróleo.

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A perspectiva é a mesma da Fitch, em relatório nesta segunda-feira. A agência, porém, não espera quedas tão acentuadas como as que o mundo observou entre abril e maio.


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