Petróleo fecha em baixa, diante de relatos de impasse na Opep+ sobre mais cortes

Os contratos futuros do petróleo fecharam em território negativo nesta quarta-feira, 4. Eles chegaram a subir mais cedo, mas terminaram a quarta-feira em baixa, em meio a relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não chegaram a um acordo sobre cortes na produção para apoiar os preços. Além disso, o coronavírus e seus impactos sobre a demanda seguiram no radar, bem como os dados semanais de estoques nos Estados Unidos divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

O petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,85%, em US$ 46,78 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril teve queda de 1,41%, a US$ 51,13 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Relatos de que a Rússia rejeitou a proposta da Arábia Saudita de aprofundar os cortes na produção da Opep+, segundo fontes citadas pela Dow Jones Newswires, pressionaram o óleo. Outros meios de comunicação internacionais também mencionaram um impasse no grupo.

Na agenda de indicadores, O DoE informou que houve alta de 784 mil barris nos estoques dos EUA na última semana, bem abaixo da previsão dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de avanço de 3,1 milhões de barris.

Por outro lado, os estoques de gasolina e os de destilados recuaram ambos mais de 4 milhões de barris, bem acima do que as quedas previstas pelos analistas nos dois casos, enquanto a produção média diária aumentou a 13,1 milhões de barris.

No momento da divulgação do dado, a commodity ainda apresentava alta relativamente forte, mas desacelerou depois dos números. O movimento de queda ocorreu mais tarde, em meio às notícias sobre a Opep.

Mais cedo, o Commerzbank havia afirmado em relatório que o mercado esperava um corte mais robusto do cartel e de seus aliados para sustentar os preços, prejudicados pelo surto de coronavírus e por seus impactos na economia global e, consequentemente, na demanda pelo óleo. O banco alemão vê como crucial que a Opep+ mostre mais alinhamento, às vésperas da reunião do grupo sobre o tema, na sexta-feira.