Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta terça-feira, 30, em queda, após o desbloqueio do Canal de Suez dissipar os riscos à oferta da commodity. O mercado também reagiu à apreciação do dólar, que torna os contratos mais caros e, portanto, menos atraentes a investidores que negociam com outras moedas. Enquanto isso, a reunião de cúpula da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na próxima quinta-feira permanece no radar.

Na New York Mercantile Exchange, o petróleo WTI com entrega prevista para maio fechou em baixa de 1,64% (US$ 1,01), cotado a US$ 60,55 o barril, e o petróleo Brent para junho recuou 1,55% (US$ 0,75), a US$ 64,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Canal de Suez, uma das rotas mais importantes do comércio global de commodities, foi liberado para tráfego ontem após um navio-contêiner ficar preso na hidrovia por quase uma semana. O bloqueio apoiava uma alta nos preços de petróleo, pois adicionava mais um fator ao déficit corrente na oferta, segundo o Commerzbank. O banco alemão estima que ainda serão necessários “vários dias para que o congestionamento nessa importante artéria de transporte de óleo diminua”.

Com o episódio fora do foco de investidores, a atenção no restante da semana deve se voltar à reunião de cúpula da Opep na próxima quinta-feira, 01, que decidirá sobre os níveis de produção do cartel. Segundo o Commerzbank, aparentemente a Arábia Saudita defenderá a manutenção dos cortes na produção até junho, enquanto deve manter seus cortes voluntários de 1 milhão de barris por dia.

Um grupo de especialistas técnicos da Opep+, sigla que inclui países aliados da instituição, concordou em revisar para baixo suas expectativas para a demanda global por petróleo, após os sauditas sugerirem que o número estava muito alto, segundo afirmaram fontes do grupo à Bloomberg.

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