Os contratos futuros de petróleo fecharam em território negativo, nesta quinta-feira, 9. O óleo foi pressionado pela disseminação do novo coronavírus nos Estados Unidos, que pode prejudicar a economia local e, consequentemente, a demanda pela commodity. Além disso, o apetite por risco foi prejudicado por uma decisão da Suprema Corte americana sobre o presidente Donald Trump, em dia também de ajustes após altas recentes nos contratos.

O petróleo WTI para agosto fechou em queda de 3,13% (US$ 1,28), a US$ 39,62 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro caiu 2,17% (US$ 0,94), a US$ 42,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Ontem, o contrato mais líquido do WTI registrou o fechamento mais elevado desde 6 de março, segundo a Dow Jones Market Data. Em um quadro de incertezas como o atual, houve ajuste hoje.

Os contratos já caíam logo cedo, diante do avanço da covid-19 nos EUA. O país confirmou 64,7 mil novos casos da doença hoje, novo recorde diário. O governo tem insistido na reabertura, mas as áreas mais afetadas pelo vírus, como a Flórida, podem ter impacto duradouro na atividade. O petróleo ainda piorou após a Suprema Corte decidir que o presidente deve entregar dados tributários e fiscais à promotoria em Nova York, em ano eleitoral.

O Goldman Sachs comenta que o “forte aumento” em casos confirmados da covid-19 leva a crescentes preocupações de que sejam necessários novos lockdowns. Os riscos aumentaram, mas o banco ainda acredita que novas paralisações mais extremas da economia não devem se materializar, por questões como mudanças no comportamento das pessoas e de governos e também diante da menor propensão das administrações a adotar a estratégia.

Sobre o petróleo, o Commerzbank comenta em relatório que a capacidade disponível no setor acaba por desacelerar o ritmo da recuperação dos preços. O banco alemão diz que o mercado do óleo deve mostrar déficit na oferta no segundo semestre, mas também afirma que o potencial de alta nos preços “parece ter se exaurido”.

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