Petróleo fecha em alta, puxado por novas tensões geopolíticas e dólar fraco

As cotações do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (1º), em um mercado impulsionado por novas sanções geopolíticas e pela contínua fragilidade do dólar.

O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em setembro, subiu 0,55%, para 67,11 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em agosto, subiu 0,52%, para 65,45 dólares.

Na noite passada, dois foguetes atingiram o aeroporto de Kirkuk, no norte do Iraque, informou à AFP um encarregado dos serviços de segurança. O ataque não teve autoria reivindicada por nenhum grupo.

Poucas horas depois, na manhã desta terça-feira, outra fonte dos serviços de segurança informou à AFP que o sistema de defesa antiaérea havia repelido pelo menos um drone perto de uma refinaria de petróleo na província iraquiana de Saladino.

“Isto fez algum barulho” no mercado, explicou o analista Robert Yawger, da Mizuho USA.

“Nós nos acostumamos a uma situação mais cômoda” em termos geopolíticos depois do cessar-fogo entre Irã e Israel, “embora eu acredite que esta não seja uma preocupação grave”, acrescentou.

Paralelamente, o dólar teve, no primeiro semestre de 2025, seu pior começo de ano em mais de meio século, com a confiança dos investidores se deteriorando desde que o presidente Donald Trump voltou à Casa Branca.

Segundo a evolução do Dollar Index, que compara o valor da divisa dos Estados Unidos com uma cesta de outras moedas fortes, o dólar americano perdeu 10,8% nos primeiros seis meses do ano.

Um dólar enfraquecido “tende a aumentar o preço do petróleo”, comentou Yawger.

Por ser negociado em dólares, tecnicamente o petróleo bruto fica mais barato para os outros países quando a moeda americana cai.

Além disso, “o mercado está, em grande medida, à espera” da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) sobre os níveis de produção de seus países-membros, que vêm aumentando, explicou, por sua vez, Arne Lohmann Rasmussen, da Global Risk Management.

Os investidores esperam que a Opep+ anuncie um aumento de 411 mil barris diários em sua produção de agosto, mantendo o mesmo nível de maio, junho e julho, aproximadamente três vezes mais que o plano inicial de produção, estabelecido em dezembro passado.

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